EUA. Polícia condenado pelo homicídio de homem em risco de suicídio
Vítima chamou a polícia a pedir ajuda, porque se ia suicidar. "Um homem inocente foi assassinado. Pediu ajuda e apareceu-lhe o Ben Darby", defenderam os procuradores.
O caso remonta a 3 de abril de 2018, quando as autoridades policiais foram chamadas pela própria vítima, Jeff Parker, que avisou da intenção de cometer suicídio e informou que tinha uma arma. O agente William Ben Darby acabou por balear mortalmente Parker.
O julgamento decorreu esta sexta-feira, tendo os jurados deliberado por duas horas até chegar ao veredito. O juiz estabeleceu a fiança do agente em 100 mil dólares e foi levado do tribunal para a prisão.
O chefe da polícia de Hunstville, Mark McMurray, manifestou-se "chocado" com a decisão, em conferência de imprensa. "Estamos ainda em choque. Ainda que manifestemos agradecimento aos jurados pelo seu serviço, não acreditamos que o agente Darby seja um assassino".
Em 2018, quando William Ben Darby chegou ao local, já se encontrava presente a agente Genisha Pegues, sua superior, que estava a tentar falar com a vítima. Pegues disse em tribunal que estava a tentar amenizar a situação, até à chegada do colega, contra quem acabou por testemunhar.
As câmaras corporais mostram Darby a entrar dentro de casa armado e a alvejar Parker em 11 segundos. "Aponta a merda da tua arma contra ele", gritou Darby à colega, antes de ordenar que este largasse a sua arma, que não estava apontada aos agentes, segundo se pode ver nas imagens.
A vítima não baixou a arma e Darby alvejou-o na cara.
A defesa argumentou que Darby teve que disparar porque Parker não obedeceu e poderia ter apontado a arma aos agentes a qualquer instante. Os procuradores defenderam que Darby disparou apenas porque a vítima não obedeceu às suas ordens. "Um homem inocente foi assassinado. Pediu ajuda e apareceu-lhe o Ben Darby", defenderam.
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